Palhaço Rico, Palhaço Pobre

Palhaço rico, palhaço pobre
Vive de sorrisos e lágrimas,
Com força inerente a cobre,
E palavras de encher páginas.
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Palhaço feliz, palhaço triste,
De olhares e brilhos eternos,
Pondo seu osso em riste,
Enchendo folhas e cadernos.

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Em dias de sol ou de chuva,
Sai à rua cavalheiro,
Com calor de mão com luva,
Com vontade de ser o primeiro.

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Sempre a rir ou a chorar,
Palhaço que vive solitário,
Com vontade de encantar,
Com vontade de ser solidário.

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Sai de branco ou sai de preto,
Importa é sair devagar,
Porque no alto do coreto,
Seu riso vai encantar.

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Sorriso largo ou apertado,
Assim vai sendo palhaço,
Sempre de ar embasbacado,
Sempre de sua camisa e laço.

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Informal ou cordial,
Faz sorrir criança e adulto,
Com perícia jovial,
Para ao sorriso fazer culto.

Quero-o para mim e para ti,
O sorriso que me cobre,
Quero-te aqui ao pé de mim,
Palhaço rico, palhaço pobre.

Diogo Miranda
28-Fev-08