sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

HOJE QUERO...



Quero-te beijar a boca,

Morder os teus lábios

E tocar com a minha língua na tua...

Quero-te beijar na orelha,
Arrepiar-te por inteiro,
Encostar o teu peito no meu até os nossos corações se compassarem,
Agarrar a tua mão na minha até os dedos se entrelaçarem...

Quero um abraço eterno
Para guardar o teu cheiro na minha pele...

Quero-me queimar no teu fogo
E guardar para sempre a cicatriz deste nosso encontro...


Quero...um pouco de amor...


Diogo Miranda

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Grande Chefe Pele Vermelha . . .



Grande Chefe Pele Vermelha,



quantos dias terá o teu ano por esta altura? Não sei se já reparas-te mas, por ora, o Homem não vê essa distância. Não consegue perceber o quão pouco que tem de tempo para aproveitar tudo o que tem em mãos. Eu tremo por dentro quando penso que tenho um mundo para ver, que tenho um milhar de sensações por experimentar, que tenho uma infinidade de olhares para cruzar e penetrar e tenho uma…apenas uma escassa leveza de tempo para realizar tudo isso.

Custa-me ver como as pessoas passam pela vida em passeios e correrias, buscando algo inexistente e sem sentido, apenas com a intuição de que isso lhes trará uma felicidade. Mas que felicidade? Aquela que se espelha nas suas caras mas que no coração, onde realmente ela interessa, existe tanto como a minha atenção nesta aula. Andam trocados de olhares, passam ao lado de grandes ideias e as suas vidas tornam-se tão fúteis chapéus-de-chuva no verão.

Porque é que as pessoas não param agora para ver o sol nascer e preferem olhá-lo como algo de que se têm que esconder? Porque é que não conseguem ver no mar a razão de viver que tu lhe atribuías? Porque largam a família como quem descarta uma folha de papel rasurada? Porque fogem do amor como se fosse o diabo em sentimento?

Não será essa uma atitude sensata…pelo menos assim não a percebo. Corrige-me se estou errado…mas não foste feliz a observar as pastagens? A ver os dias passar com a certeza que não passavas um segundo desatento ao céu que a ti se sobrepunha? A amar quem te amava e a afirmar esse sentimento constantemente? A lutar por quem gostavas e a procurar a felicidade constantemente?

E diz-me…andas-te na escola a estudar matérias mil que nunca de nada te serviram? Fugis-te de alguém que gostava de ti por teres medo de sofrer no fim? Procuras-te um emprego descartável para teres uns trocos no fim do mês? Acho que não…mas mais uma vez…corrige-me se estiver errado.

Gostava de te cobrar um pouco de ensinamento, gostava que me desses um pouco dessa tua forma de viver para eu me alinhar com a vida, gostava que me desses umas palavras sensatas que me fizessem encarar a vida com uma outra perspectiva…e gostava de não gostar de te pedir isto tudo porque estou só a ser mais um hipócrita que não sabe aproveitar o que tem e gostava sempre que lhe dessem mais.

Já percebi porque viveste bem e todos nós andamos a correr para deixarmos de viver…

Tudo isso acontece exactamente por aquilo que eu próprio acabei de escrever… porque todos nós gostávamos de ter sempre mais, mas ninguém está disposto a arriscar um segundo que seja para o conseguir…

Acho que prefiro ficar quieto…porque afinal de contas…há coisas que não valem a pena…mas…corrige-me se estiver errado.





Diogo Miranda
15-fev-2008

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Obrigado . . .



Como é possível um sentimento resumir,
Que me faz suster a respiração,
Chorar, cantar, saltar e rir,
E arritmar-me as batidas do coração?

Será possível sintetizá-lo para caber
Nas palavras do nosso dicionário,
Se nem sabes o que dizer,
Quando te defrontas com um campanário?

Não será então de sublime sensatez,
Dia após dia dizer-mos ao amigo,
Com força e a um de cada vez:
“Eu gosto de te ter comigo!”?

Parece-me então que a melhor atitude
Será agradecer à sorte,
Por termos amigos desta magnitude,
Que nos protegerão até à morte.

Obrigado!
Para os que me cuidaram quando estava mal…
Obrigado!
Para os que me quiseram quando estava bem…
Obrigado!
Para os que gostam de mim banal…
Obrigado!
Para os que me amaram como ninguém…
Obrigado!
Para os que estiveram ausentes mas sempre apoiando…
Obrigado!
Para os que estiveram presentes e sempre criticando…

Porque há quem prefira ser elogiado falsamente,
E com isso aumentar a sua importância…
Eu prefiro ser criticado muito abertamente,
E com isso aumentar a minha infância.

Porque é quando somos crianças que dizemos:
“Eu gosto de ti”, sem vergonha alguma,
E é quando crescemos que perdermos,
A sinceridade que ao nascer nos perfuma.
Por ser criança eterna,
E precisar de amigos para o ser,
Quero dizer-vos de peito aberto:
“Tenho muito sorte em vos conhecer!”


Diogo Miranda
13 – Mai – 2008

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Metáforas explícitas





Sou poeta e escritor,
Criança no coração e na alma,
Quem escreve não é actor,
Escreve um homem imbuído em calma.

Tenho o mundo inteiro na palma
Da mão, sou brincalhão,
Faço dele meu deleito que me enjaula
Em maravilhas que vejo com emoção.

Aprecio quem se engana da vida que leva,
Dá tréguas ao comum e parte na aventura
De descobrir a beleza da irreverência
Que é ser dono duma magia pura.

Assim sou eu também:
Mago em ser puto reguila,
Em adormecer debaixo do sol,
Enquanto minha cabeça fica tranquila.

Minha paz reside em ser diferente,
Virar as costas ao fácil e banal,
Enfrentar a vida de frente
E fazer da minha passagem um vendaval.

Na minha viagem levo comigo,
Quem gosto e me faz sorrir para a dificuldade,
Quem me arranca do sofá das ofertas,
Quem me faz sentir saudade.

Definitivamente escreves-te teu nome no mural
Onde poucos chegaram a pegar na caneta,
No fim causas saudade abismal
E dás-me vontade de virar a ampulheta.

Quero e preciso de mais tempo
Para viver mais do que conquistei contigo,
Não és nada de especial nem daquilo que pretendo,
Mas és para mim porto de abrigo.

És certeza que nada será certo e comum,
És razão e vontade para o meu olhar,
És a extravagância que não me faz sentir mais um,
És e sempre foste a minha Menina do Mar.


Diogo Miranda
Int-tempo-ral

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Escola da Vida



Lamentos surgem em alturas deprimentes e de insatisfação. Nesses momentos em que, por demais que seja a força, vem sempre algo mais para nos abater. Parece que é inevitável. Surgem uns atrás dos outros tentando testar a nossa capacidade de os suportar. Mas até quando? À medida que vão raiando vamos abaixo, eu vou abaixo. Mas rapidamente desperto em mim força para os ultrapassar ou para, pelo menos, acompanhá-los, tentando perceber o que têm para me ensinar. Mas fazem questão… fazem questão de se atravessar cada vez mais fortes, cada vez mais graves. E eu? Que faço eu quando as forças me faltarem? Quando a vontade de lutar se desvanecer? Não consigo desdenhar uma resposta certa para estas anteriores mas, uma certeza tenho, entregar-me não faz parte da minha filosofia… embora já me custe lutar.


Não escrevo sobre um só problema, escrevo sobre uma vida. Uma que muito me tem ensinado, mas sempre através de obstáculos difíceis de contornar. Daqui a uns anos com este andar serei sábio. Já me considero assim, mas apenas porque sei que tenho muito que aprender. Essa é a minha sabedoria: Saber que tenho muito que aprender. Acho que esta deve ser a melhor certeza que qualquer pessoa deve ter na vida. Com ela em mente todos estaríamos preparados para enfrentar os problemas com a perspicácia de saber que teríamos algo a aprender com eles. Mas não é fácil.

Ninguém te disse que iria ser fácil quando nasceste. Mas também ninguém escolhe nascer. Por certo essa é a única escola em que és obrigado a comparecer: a vida. Nela não escolhes se vais às aulas, ou se te escapas a um exame. Podes, isso sim, escolher se queres estudar para os exames diários que te são apresentados. Estudar no sentido de estares preparado para as vicissitudes que nela te são apresentadas. Esse estudo… se calhar esse estudo estou disposto a acompanhar, se através dele conseguisse evitar esses tais problemas. Mas sei que não, já percebi que os problemas na vida não se evitam… ultrapassam-se.



Mas isso custa…custa tanto… e eu sou fraco… tão fraco…


Diogo Miranda
07-Mai-07

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carpe



O que fazer, ou como agir,
Quando de nós se apodera a indecisão?
Devemos resistir à força do impulso,
Ou por outro lado, seguir o coração?

Não sou um vivido
E pouco é o tempo que tenho,
Mas numa vida de excessos,
Sou Eu quem pinta o meu desenho.

E a arte é sempre mais bela,
Quando pintamos ao de leve,
E espreitando pela janela
Pomos o consciente de greve.

Assim fecho os olhos e concluo-o,
Que a melhor pintura é sempre
Aquela em que pinto o amuo,
Pois esse não vive eternamente.

Deixo palpitar o pincel
E vou preenchendo a vivência,
Porque tal como este papel,
É limitada a minha existência.

Por isso quando estou indeciso,
Apenas me deixo impulsionar,
Pelo vento que nunca é preciso,
Mas que a bom porto me vai levar.

Assim te ligo às quatro
Da manhã, de noite ou feriado,
Porque é belo este quadro
E é nele que me vejo pintado.




Então a minha obra é bela, cheia de rabiscos e muitas cores,
mas é assim que eu me pinto: um rapaz que ao impulso e ao
vento entrega o seu coração, na esperança inequívoca de que,
no final, a sua tela seja pura e verdadeira, pois só assim conseguirei
aproveitar a minha vida ao máximo. “Carpe Diem”


Diogo Miranda
20-Abr-2007

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A quem agradeço ?




Quem pintou o mar
Com tom azul de brilho extenso?
Quem mandou as nuvens
Passearem nesse céu imenso?

Quem deu à rosa
O dom de te fascinar?
Quem deu às estrelas
A bela capacidade de brilhar?

Quem deu à areia
O tórrido tom do calor?
E quem deu às ondas
O prazer de com a areia fazer amor?

Quem deu à relva
O verde do teu olhar?
Quem deu aos pássaros
A fascinante vida de voar?

Quem pôs na terra
Este anjo chamado Tânia?
E quem me pôs com ela
Nesta coincidência momentânea?

Não sei quem, nem porquê,
Nem tão pouco se o mereço,
Mas gosto de estar com você,
E por isso ao “Quem” eu agradeço.


Diogo Miranda
26-Abr-2007

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sombra ou Luar?



Olha…

Quero dizer-te uma coisa…

Um dia um Menino saiu do mar,
Pisou a areia fofa e macia,
Ficou com um ar embasbacado
E pensou o que ali faria.

Começou caminhando na praia,
Descobrindo todo um mundo novo,
Saltando, brincando e sorrindo,
Como uma ave saída do ovo.

No fundo da praia viu uma sombra,
Era esguia e perfeita de cara,
Tinha semblante esverdeado e profundo,
Tanto como ele nunca imaginara.

Essa sombra tocou-lhe na alma,
Derreteu seu medo com brio,
Pôs o Menino a sonhar eternamente,
E afastou-o do seu lado sombrio.

Com ela o Menino era feliz,
Uma criança com o seu primeiro brinquedo,
As horas não passavam simplesmente,
E na sua face não havia medo.

Foi assim, criança, feliz contemplada
Com o sol que na sua praia criou
Essa sombra sempre a si associada,
Que o Menino sempre adorou.

Mas no fim do dia vem a noite,
E o sol deixa de brilhar,
Vem a lua forte e imponente,
Que fez a sombra apagar.

O Menino viu-se num dilema…
A sombra fazia-o delirar,
Mas a lua que a apagara,
Era tão doce de admirar.

Traduzindo isto por miúdos,
Gostava que me dissesses oh sombra,
Se simplesmente te apagaste de mim,
Ou se também és a lua que me arromba?


Diogo Miranda
14 – Mai – 2008

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A new day as come




The sun rises this morning,
Dam it! The feeling is good,
You may ask me to argue…
But today…I’m not in a mood…

Hoje elevo meu ser,
Meu ego transparece loucura,
De querer, poder e aparecer,
Num eterno momento de ternura.

Rasgo com o passado,
Memorizo aquilo que fui,
Vou acertando meu passo,
Ouvindo a maré que flui.

There’s a shinning from heaven
With the truly colours of the world,
In a miscellaneous feeling,
That I’m absorbing word for word.

O sol é minha bênção,
Meu apoio, meu sentido de vida,
É no seu pôr minha pretensão,
De buscar a felicidade perseguida.

Tentarei voltar a ser eu,
Perceber o que de errado fiz,
Voltar a perseguir o apogeu,
Simples, sorridente, aprendiz.


Diogo Miranda
4 – Abril – 2008

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A minha vitória




Desperto sentido de gosto,
Convicto em querer tudo,
Certo de venerar o teu rosto
E esse teu olhar, sobretudo.

Não tenho e não consigo
Escrever o que na alma me vai,
Porque o espírito está doente,
E da tua falta não se abstrai.


Esquece… aquilo que eu pretendia era puder ter-te nos braços. Vieste numa altura que não esperava, mas acho que estava, e estou, pronto para amar. Essa palavra forte que se pensa descrever um sentimento maior mas, para descrever o que me despertas teria de vasculhar dicionários incessantemente. Mesmo assim, duvido que encontrasse sinónimo para tal. É um misto de satisfação inerente à tua presença com aquele sorriso maroto que evocas com as minhas surpresas. É um conciliar de vontade de te querer com a alegria de te libertar numa liberdade só tua. É tudo isto, sim… é. Mas é muito mais. Muito… tanto que não sei como o descrever. Acho mesmo que a única maneira de tu o perceberes era se tu fosses eu. Confuso, não é? Não ligues. Afinal se eu próprio não o consigo descrever, como poderias tu entender o que sinto por ti?
Para mim a única resposta seria se passasses um tempo eterno comigo, no qual serias alvo incessante das minhas surpresas e tentativas de provocação de um sorriso teu. Mesmo assim, acho que no final das nossas vidinhas mundanas a ideia com que ficarias do meu sentimento por ti seria ínfima. E aí eu seria prejudicado porque pensarias: “Afinal tanta coisa e é só isto que ele sente?”

Já sei… vou fazer uma reza ou um pedido especial a Deus ou a alguém de direito. Um pedido para que me dêem duas ou três vidas, ou então, só uma… infinita, mas contigo ao lado. Talvez assim eu fosse capaz de te mostrar o que provocas em mim.
É isso mesmo, vou começar a trabalhar nesse pedido. Não! Não vou, desculpa. Vou apenas continuar a matutar nas mil e uma formas que poderei encontrar de te surpreender, de te provocar um sorriso largo, sincero e brilhante. Assim só dependerei de mim.

No fim, se não for suficiente, pelo menos terei a consciência de que tudo fiz para te trazer felicidade e essa… essa será a minha vitória…


Diogo Miranda
7-Mai-07

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Hoje escrevo em prosa, sobre... A distância!


A distância é uma coisa fascinante. É aquele espaço que nos faz pensar e aperceber do real significado que damos às “coisas”. Porque quando estamos perto tudo é fácil e bonito de se fazer, tipo os momentos bons, em que olhamos à volta e reparamos que estamos rodeados de milhões de pessoas. Mas a distância, essa funciona de outra maneira. Actua em nós como os momentos maus, aqueles em que quando atentamos e procuramos ajuda, não vemos “quase” ninguém. Este quase tinha que estar saliente. É que, como nos momentos maus, também na distância existe um alguém que se mantém perto, que mesmo a anos-luz de nós ainda nos consegue eriçar os pelos dos braços ou provocar um arrepio caloroso na espinha. E porquê? Como?

Porque nós deixamos, claro! Como? Através de sentimentos que se cultivam. Há quem lhe chame amor, outros paixão e, noutros casos até, amizade. Mas em todos eles existe uma forte ligação com a palavra saudade. Essa que transmite um sentimento tão digno, nobre e ambíguo quanto o amor. Ela faz-nos rir e sentir bem, chorar e ter insónias. Mas a saudade, tal como o amor, são sentimentos que todos queremos sentir, pois significam que há em nós algo de puro e agradável em relação a outra pessoa.

A distância, em mim, está a ter uma forma peculiar de actuar. Sinceramente, nunca a tinha sentido tão afincadamente, exactamente, porque acho que também nunca me tinha mergulhado tão fundo num mundinho de outra Menina. E o que sinto?

O que sinto é um arrepio na espinha, os pelos dos braços a levantar, o pescoço a dobrar de mansinho sobre a orelha acarinhada, os lábios a tremer e o coração a querer voar. Sinto a alma a sair de dentro de mim, os pés frios, o peito a arder, os olhos a apertar e as lágrimas a caírem para no leito da Menina se juntarem. À noite os sonhos voam, os braços dão-se de novo, os sorrisos crescem fumegantes de alegria, os lábios tocam-se novamente e esperam…esperam calmamente que chegue a manhã que os afastará de novo. Até chegar o dia…em que os sonhos se confundem com a realidade e tudo volta ao ponto em que a distância não existe, a saudade morre ao juntarem-se os lábios e os corações batem tão perto que se confundem em uníssono.

É então isto que eu sinto. É este o efeito que a distância tem em mim.
Mas que poderei eu fazer? A distância é aliada do tempo. E juntos se passeiam de mãos dadas. Mas o tempo é bom conselheiro e a distância aumenta os fogos da paixão, para mais tarde os unir num grande incêndio de alegria.

Não deixa de ser apenas uma maneira de olhar a distância, mas eu, “Boémio e romântico, de espírito livre mas escravo do meu coração”, vejo-a assim, porque quero e sei, que tudo o que acontece tem uma razão, e para mim, a razão da distância, só me trará a certeza de uma paixão que um dia o mar me entregou na forma de uma Menina.





Diogo Miranda
27-07-2007
13:25

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

17 Questões e uma certeza



E se um dia tudo o que tens por certo o deixasse de o ser?
Se as coisas que conquistaste começassem a desaparecer?
Se algo em que confias te ofuscasse de desconfianças?
Ou se o mal pesasse mais num dos pratos da balança?

Lutarias pelas coisas que já não são certas?
Farias aparecer as coisas que já não são despertas?
Taparias a luz que agora te ofusca?
E retirarias o mal da balança de uma forma brusca?

Por certo estas respostas não saberás,
Tão certo é como não saberes o futuro,
Mas se tu não confias em Satanás,
Porque hás-de provar este fruto maduro?

E se um dia o maduro se formar verde?
Se o sol não raiar à mesma hora?
Se a flor que conheces perder o cheiro?
Ou se pela Menina for demais a demora?

Tomarias o gosto pelo verde maduro?
Acordarias à mesma hora sempre seguro?
Cheirarias a flor com o mesmo à vontade?
E esperarias pela Menina com sinceridade?

Para nenhuma delas eu tenho razão,
São incertas e sem fundamento,
Mas para a última eu tenho solução,
“Esperaria pela Menina durante todo o tempo”.

Diogo Miranda
2-Maio-2007

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cada um é alvo incessante das suas escolhas



Cada um é alvo incessante das suas escolhas,
Das suas palavras, actos e opiniões,
Só nos cabe decidir aquilo,
Que queremos fazer com os nossos corações.

Se pelo vento forte nos deixamos levar,
Ou pela brisa suave influenciar,
Cabe só a nós decidir,
Para que lado queremos ir.

Eu para mim escolho o caminho
Que me trará a certeza,
Porque tão doce como o carinho,
É viver a vida com pureza.

E que piada se encontra
Nas escolhas que são sabidas,
Essas não nos dão adrenalina
Quando na vida encontramos subidas.

No entanto, hoje penso no presente,
Penso na vida com sinceridade,
Porque não obstante o momento,
Vivo a vida com sinceridade.

E por ela me reger,
A todos peço confiança,
E aos que tenho medo de perder
Digo-lhes: “a Felicidade só com verdade se alcança.”

Por isso quem de mim gosta,
Confiem que sou sincero,
E nunca ouvirão outra resposta
Que não seja: “É só a ti que Eu quero.”

(…)

Diogo Miranda
2-Mai-2007

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Poeta do olhar




Se com um sorriso te conseguir desenhar,
Serei um mestre, um poeta do olhar,
Porque em ti a beleza é difícil de resumir
Por ser tanta a capacidade de me fazer sorrir.

Não cabe numa folha o que conténs,
No entanto nunca olho para os “poréns”,
Viro apenas, costas às dificuldades,
E olhando para ti, Eu pinto beldades.

Na caneta, numa folha ou na ponta dum pincel,
Agarro na tela e retratando-te, pinto mel,
Com doces e melosas rimas de mestria
Contigo no pensar, Eu pinto todo o dia.

Traços vagos numa folha do olhar,
Palavras fracas para o que estou a pintar,
Pois não são infinitas as que ponho sobre a mesa,
Ao contrário, puros traços, teus reflectem beleza.

Encandei-o sobre outras, palavras do Inferno,
Que me aquecem como tu, minha chama no Inverno,
Emparelho mas obtenho sempre o mesmo resultado,
Por não conseguir, o teu esplendor, no papel espelhado.

Mas não desisto e sinto-me confortável,
Por puder admirar o teu olhar afável,
Que me diz: “continua, nobre escritor”,
Que respondo: “só por ti, meu amor.”

Diogo Miranda
2-Mai-07