sexta-feira, 30 de abril de 2010

Deixas ?



Hoje não vou sorrir,
Porque as folhas caiem,
Espelhando a minha dor
À medida que as palavras saiem.

Hoje não vou sair,
Porque o sol brilha,
Mas paira nuvem estranha
Sobre a minha ilha.

Sinto em desafogo,
Aperto no peito profundo,
Que me trai em tristeza,
Ofuscando o meu mundo.

As pálpebras que acolhem,
Meus olhos lagrimados,
Sentimentos não escolhem
Nestes lábios traçados.

A falta é palavra de ordem,
Sinónimo de saudade,
De festim com tua presença,
Quem te tirou de mim com maldade?

Foi a falta de verdade
E transparência necessária,
Porque é que não a têm
Numa outra faixa etária?

Causa dos meus problemas,
Dilemas, incertezas e constantes,
Ofuscam minhas qualidades,
Minhas vibrações cintilantes.

Deixem-me apenas viver,
Saiam do meu caminho,
Deixem-me enternecer,
A minha Menina de carinho…

É tudo o que peço…


Diogo Miranda
7-Mai-07

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sorri




Pensei em escrever algo para ti,
Algo que te provocasse um sorriso,
Algo que disse-se: “sorri!”,
Apenas isso era preciso.



Então escrevi este poema,
Com mil letras e palavras queridas,
Mas todas elas sinceras
E todas por ti merecidas.



Porque és um doce na terra,
Tiras a amargura do ar,
Fazes-me a mim sorrir,
Apenas com o teu respirar.



Mesmo quando estás longe,
E eu te peço para sorrires,
Basta em ti pensar,
Para logo o céu abrires.


E deixas descer sobre mim,
Um calor que do sol escorre,
Me aquece e me devora,
Porque por ti, o meu pensamento não morre.


 
Então agora que leste
As linhas que eu escrevi,
Durante a tua viagem,
Faz-me um favor… e SORRI.



= P


Diogo Miranda
1-Mai-2007

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quero eternamente




A possibilidade de querer criar algo novo
Bloqueia minha ordinária forma de pensamento,
Conseguir atingir diferença do povo,
É então o meu único alento.

Ser diferente!
Assim me quero sentir
Fugaz e audaz,
Sempre a rir.
Quero eternamente!

Atroz afinidade com os badalos da vida,
Lentamente perceptível que sou rotineiro,
E a capacidade da diferença conseguida,
Não passou de pessoal devaneio.

O grito!
Quero assim dentro do ego
Ambicioso e forte,
Sempre interregno.
Quero eternamente!

Mas grito premente de revolta traz
Apenas dor e nódoa para o eu,
E minha pessoa percebe incapaz,
De atingir tudo aquilo que sempre concebeu.

A alegria e o sorriso!
A brincadeira e o improviso!
A voz brincalhona!
A capacidade de nadar à tona!
A insustentável leveza do ser!
A ideia de sonhar e adormecer!

Quero para mim simplesmente…
Quero eternamente!




Diogo Miranda
26 – Mar – 2008

terça-feira, 27 de abril de 2010

Relegar com palavras


Ao som das palavras se move o mundo,
A um ritmo tão alucinante quanto profundo,
De tal modo que emerge do facilitismo
Elevando os pareceres para lá do abismo.

Criando e desenhando vastos e novos pensares,
Que retratam aventuras para lá destes mares,
Onde gerações de escritores se confundem em poesias,
E juntando novos refrões criam melodias.

Cada cor reflecte a palavra em si,
Mostrando o arco-íris que reside em ti,
Sempre com verde em fundo de pano,
Nunca olhando a verdade através dum cano.

Voando fixamente por cima de problemas,
Olhando de alto, na vida, os dilemas,
Com a mais pura força e eficácia
Que transmite o desabrochar de uma acácia.

Relegando o passado com alegria do esquecer,
Pondo os olhos no futuro com desejo do saber,
Deixando correr os olhos pela maré,
Desobstruindo caminhos com o apelido de fé.

Descobrir no Menino uma nova substância,
Com alegria vivida na passada infância,
Desenha sorrisos oriundos do sentimento
Que cose com agulha que Eu oriento.


“Face the problems and never look down, please.”





Diogo Miranda
2-Mai-07

sábado, 24 de abril de 2010

Oração de Raiva



Com que direito tiras tu
Deste efémero momento
Alguém que não te serve
Mas que afirma talento?

Com que direito levas quem pode
Alterar péssimos caminhos,
Alguém que se faz crer
Que possui em si pergaminhos?

Não tens o direito e não deves
Tu não és ninguém na terra
Resume-te ao teu paraíso
E deixa-nos felizes na guerra.

Podemos ter os nossos defeitos,
Mas com a guerra vivemos em paz,
Podemos nem ser perfeitos,
Mas disso ninguém é capaz.

Vivemos em correrias
E podemos nem dar valor,
Mas por não ser o que tu querias
Não nos venhas atormentar com dor.

Cremos que obcecados conseguimos
Ser alguém nesta vida,
Mas tu tens sempre que intervir
E por o teu dedo na ferida.

Não serás capaz de estar quieto,
Nesse teu trono omnipotente?
Deixa-nos na merda felizes!
Deixa-nos viver o presente!

Não é justo tirares quem amamos,
Muito menos um filho de mãe,
Tu não percebes que nós estamos.
Em família aqui, também?

E nem te escrevo mais linhas,
Porque neste momento não mereces,
Nem louvores, canções, orações…
Nem Amores, crenças ou preces.



Diogo Miranda                                                   13-12-2008

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Preserva . . .



A forma mais feliz de iniciar um poema,
Onde a tua pessoa quero enaltecer,
E tudo o que em ti me arrebata,
Bloqueia e fascina o meu ser.

Poderás perguntar-te o porquê,
De ser com esta palavra estranha,
De ser com esta que ninguém vê,
Seu significado e entranha.

É porque quero que preserves,
Tudo o que tens em ti,
E escolhi-a porque me serves
Quando personifico tudo o que li.

Li nas estrelas e nos astros,
Que teu brilho deveria seguir,
E evitando outros rastros,
Deixando-me ofuscar a sorrir.

Preserva esse teu mundinho,
Não deixes entrar qualquer estranho,
Porque enquanto me deixares eu alinho,
E ao pertencer-lhe aumento de tamanho.

Fazendo parte de teu mundo,
Sinto-me com altura de gigante,
Bate-me o coração mais profundo,
Solto-me numa alegria contagiante.

Nunca fui soldado de fortuna,
Em jogos, batalhas ou disputas,
Fui sempre alguém perturbado,
Refutado, contrariado, amargurado,

Mas contigo do meu lado,
Sinto-me assim…
Eu…eu próprio…
Em mim achado,
Em ti perdido,
Num olhar espelhado,
Num tempo infinito…


“By the way,
I’m trying to say,
I’ll be there,
Waiting for you…”

Diogo Miranda
7-Mar-08

terça-feira, 20 de abril de 2010

Parábola da Sombra



Tudo começou quando o sol não brilhava e a chuva era fonte de morte. O chão, impossível de ser caminhado, era de um escalpe sólido que transmitia a ideia de solidão. Os animais, irrigados de podridão e abstidos de vida, faziam transparecer a ideia de estática inerente a uma obra do Madame Tusseau. Neste ambiente furtivo e de inigualável repulsa passeias-te. Como quem procura por luz, fazes as hostilidades e ainda tornas tudo mais nefasto. Porquê essa atitude de raiva e incoerência?


De súbito, do meio deste nada movido por impulsos de maresia podre, surge um Antigo, com sapiência e mestria expande as últimas rezas antes de sucumbir à tua azia contagiante. “O tempo é bom conselheiro!”, sucumbe...

De certo não serão estas letras conjuntas que te farão esboçar a alegria que perdeste. “Estava louco, só pode?!”, pensas, enquanto prossegues o teu caminho acompanhado pelos intemporais minutos.

Passam novos dias, tão idênticos aos anteriores que para ti a sua companhia assemelha-se a uma qualquer sombra, que todos os dias projectamos inconscientemente. Criar uma sombra é um acto inconsciente, passar pela luz só compete aos lúcidos. Tu...continuas acompanhado por várias sombras. Cada vez mais. Cada vez mais.

Certa luz faz-te parar. Olhas para traz. Perplexas!!

A sombra que te persegue é imensa. Dizem que as sombras não aproveitadas nos perseguem até ao arrependimento. A tua sombra agora...trespassa o horizonte.

Surge no esquecimento, elaborado ao longo de várias sombras, a lembrança do brilho do sol; da vida emergente da chuva; do chão caminhável; dos animais atarefados e carregados de vida...

Insurges-te em tentativas de descodificação desse apodrecer repentino...“A culpa não foi minha”, é certo. Mas fazer cair a cabeça e alterar o habitável, é obra pessoal.

O Antigo revela-se certo.

Várias sombras passadas e a tristeza deu lugar à alegria. A podridão esbateu-se sob o domínio da fertilidade. A sombra... cobriu-se de luz, face ao frio que a assolava.

No fim, depois de tão rotinadas voltas dos ponteiros, a sapiência antiga surgia com qualidades de azeite. Revelou-se...

No final, basta apenas resistir à tentação de ensombrar o presente, meditar no passado, por mais frio e aterrador que seja, e limpar as sombras que nos seguem, alternando o sol brilhante e caloroso, com a sombra fresca e aconchegante.



“O sol é como a felicidade para o Homem – no entanto, a sombra é necessária para o seu bem-estar.”





Diogo Miranda

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O beijo . . .





O melhor beijo é o beijo desejado, o beijo que completa, o beijo com sabor de desejo na pele, no sexo...no amor...


O melhor beijo é o da vontade, o beijo que faz o pensamento, o beijo que faz a boca e o corpo querer um novo beijo outra vez.

O melhor beijo é o beijo sem tempo, o beijo de longa duração, o beijo de curta duração, o beijo de vinte segundos ou de vinte minutos, isso não importa, o que conta é que enquanto se beija o tempo pára.

E nesta inércia de tempo, só sinto a vontade louca de mais um beijo. Sinto a língua que de encontro com a minha faz um toque suave e excitante, humedecendo a minha alma... Sinto a língua que viaja dos dentes ao céu-da-boca... Sinto a língua que acarinha os meus lábios...sinto a língua...

A língua e a língua … a língua que me roça, que me percorre, que me navega, que me chama …

O melhor beijo é o beijo em que a língua faz o beijo e o beijo faz o amor … ai o Beijo!!

...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O último



Se é o último do caderno,
Tem de brilhante ser,
Tem de ser especial,
Tem de te enternecer.

Tem de ser feito com gosto,
Tem de se encher de brilho,
Tem de reflectir o teu rosto,
Tem de te indicar o trilho.

Tem de te apontar a luz,
Tem de te iluminar o sorriso,
Tem de ser o que produz
Tudo aquilo que é preciso.

Tem de preencher o vazio,
Tem de marcar no coração,
Tem de ser mais que um mundo,
Tem de ser uma oração.

Tem de deixar de lado a dor,
Tem de me levar daqui,
Tem de me fazer sorrir,
E pensar que é por ti… que aqui escrevi.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Palavras Cruzadas



Trocadas as palavras e acordado o pacto,
Flúem agora expressões para o ar,
Apenas sentidas na expressão do olfacto,
Com cheiro verdejante de primaveril pomar.

Soltas nos cabelos do vento incerto,
Baralhadas em simplicidades mundanas,
Carecem apenas de sentido concreto,
Vertiginosamente tombadas sem canadianas.

Nas estrelas, no céu, nas projecções divinas,
Badaladas rimas ferem os corações,
Dos eloquentes vivãs das luzes citadinas,
Daqueles que sentem todas as orações.

Rabiscam descrevendo o que lhes vai no peito,
Suas veias penetradas ou sistemas pulmonares,
Vão e afogando-se perdem o respeito,
Porque em brancas folhas encontram seus lares.

A todos palavra minha de idolatração,
Sentida vénia de reconhecimento,
Neles crio fulgorosa relação,
Concretizada em aperto de cimento.

Polvorosa miscelânea de vertiginosas pessoas,
Incidem e decaiem em abismos de amor,
Calam-se ateus de vivências tão boas,
Guardando e sofrendo num misto de dor.
Sensibilidades que se cruzam para os que não sentem,
A estes sentido nunca antes atribuído,
Pois a nós, eloquentes, não interessam os que mentem,
Antes os que no peito têm amor imbuído.




Diogo Miranda
12 – Mar – 2008

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Resumo de (quase) um ano



Acho e até me vejo
Como uma pessoa fútil,
Alguém que eu praguejo
E rotulo de inútil.

Nada disso, direi eu!
Sou amplo e forneço alegria,
Para muitos sou apogeu
Para outros companhia.

Nisto entras na vida tu,
De rosto e cara tapada,
Depressa deixas a nu,
E penetras na minha fachada.

Desvendar teu mistério é fábula,
Que mil tormentas trará,
Difícil como uma rábula,
Mas que suponho sorrisos trará.

A meio da estrada parei,
Reflecti em tudo o que tive,
E ao ver que muito ganhei
Voltei à luta e a respiração contive.

Nunca com isto sonharia,
Nem sem bem o que aconteceu,
Pensei que um dia te conquistaria,
Mas depressa o sonho se desvaneceu.

E acordei nesta realidade sombria,
Em que a distância se impunha,
E tudo o que eu queria,
Tomou “sonho” como alcunha.

Esperar agora é distanciar
Do vínculo do que me faz feliz,
Porque ter-te ao pé a respirar
Foi tudo o que sempre quis.

Diogo Miranda
27-fev-08

terça-feira, 13 de abril de 2010

Palavras de Agradecimento


De que Graça abençoada,
Em que pessoa de Deus,
Devo entregar meus louvores
Por este anjo do céu?

Será de certo pessoa vivida,
Com beleza certamente divina,
Por à Terra ter doado,
Esta sua linda Menina.

A essa senhora dou graças,
Pela bênção que protagonizou,
Pois foi essa sua Menina,
Que o meu coração conquistou.

Porque mesmo sem o saber,
Essa senhora recebeu,
O maior tributo do mundo,
Quando a Menina o conheceu.

É só a si que agradeço,
O facto de hoje sorrir,
Porque sem a beleza da sua filha,
Isso seria impossível de conseguir.

E se em dia algum for presenteado,
Com a oportunidade de a conhecer,
Por certo ficarei corado,
Pois não sei como lhe agradecer.

Nem rosas, sorrisos ou luar,
Chegarão para agradecimento,
Porque aquilo que eu agradeço
É muito mais que um sentimento.

É uma maneira de sentir,
Que eu próprio desconhecia,
E que só o experimentei,
Quando conheci sua filha um dia.


Diogo Miranda

10-Mai-07

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Puto Boémio



Ano após ano,
Mudanças efectuadas são sentidas em vidas banalizadas.
Chegam às praias como grãos de areia,
Em milhões de ideais…
Por vezes em cadeia.

Sentam-se uns divagando horizontes,
Enquanto outros caminhando
Explanam suas dores entre pontes,
Como viajantes errantes lacrimejando.

São reflexos ganhos de dinheiros
Que bloqueiam veias de diversão,
E chegados um dia às praias, devaneios
Correm e saltam de livres que são.

Pena é que durante um ano se enclausurem,
Para em quinzenas fortuitas se banharem
De uma alegria que não usufruem,
Por escravos da sociedade serem.

Nestas praias de incansáveis viajantes da rotina,
Existe um que se deita de face para o céu,
Retendo seus sorrisos fugazes na retina,
E sorrindo por existir sem da vida ser réu.


Puto franzino que se deleita,
Com inúmeras ondas do mar,
Seus princípios ele respeita,
No seu incansável despertar.

Abdicou de vida mundana e banal,
Para viver sem moeda de troca,
Vive sozinho num grande areal,
Solto e livre como uma gaivota.

É boémio da vida que escolheu,
Traça dia a dia pegadas na sua liberdade,
Apagadas com o encher da maré,
Num novo amanhecer vê nova oportunidade.

Este é vivã!
É o símbolo de um apregoar de satisfação.
Ele grita…
Corre…
Sonha…
Vive…
Incessantemente…
Sempre do mundo diferente…


Diogo Miranda
9 – Abr – 2008

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Problemas


Queria puder voar,
Escolher o que sentir,
Das depressões afastar
Para sempre puder sorrir.

Queria a felicidade convocar,
Para mim… para a deter,
Para um dia despertar,
Com a certeza de te ter.

Mas dias são intrujas,
São ofegantes de problemas,
Que nos consumem e diluem,
E nos afastam das certezas.

Vêm e surgem simultâneos,
Como sol e calor a raiar,
Mas são sempre momentâneos,
Só temos de os enfrentar.

Com determinação e coragem,
Por nós passam e nos ensinam,
Que estando só de passagem
Pela nossa vida peregrinam.
Com eles eu aprendo,
Algo para a vida elementar,
Porque mesmo não os querendo,
Eles estão cá para me ensinar.

Então mantenho a calma,
A vida vou deixando fluir,
Porque quando eles passarem,
Aí… voltarei a sorrir…

Diogo Miranda
7-Mai-07

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vem . . .

. . .agarra-me na mão e convida-me para um passeio
à beira-mar arejado,
maresia e cheiro a natureza na face,
sempre assim despreocupado,
beija-me e pede-me que te abrace...

Diz-me, assim, uma só vez baixinho,
ao ouvido e com carinho,
quero-te para mim,
só para mim menino,
quero-te te dar amor e beijos devagarinho.

E pede-me que não te largue,
que tua vida sem mim estremece com um suspiro,
cai e abana ao menor sopro de desejo,
que precisas de mim para o retiro,
que o teu coração vai percorrer,
no dia que me beijares de novo...
bater...
bater...
bater...
e nunca mais me largar...
para nenhum deles sofrer...



Diogo Miranda 3-out-08

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nós



É quando o beijo não acontece,
E os rostos se tocam suavemente
Que surge essa magia premente
Que justifica o momento presente
E nos leva a pensar que podemos
Não eu…
Não tu…
Mas nós…
Nós…
Podemos tornar-nos eternos,
Sem enganos na chuva,
Ou faltas de luz no escuro,
Porque também nele há beleza,
Há magia e riqueza…
Basta querermos…
Os dois…
Continuarmos a ser “nós”.
 
 
 
28/05/2008
Diogo Miranda

terça-feira, 6 de abril de 2010

Desejo



Sentado numa rocha da praia
Olha para o céu um menino,
Que embora grande de espírito
É ainda um ser pequenino.

E sonhava um dia o ter,
O céu e todo o seu esplendor,
Mas como o via distante
Pensava ser impossível
Conquistar esse céu cativante.

Estendia a mão e chegava
Não ao céu mas à conclusão,
Que era pequeno de mais
Para o sentir na sua mão.

Mas mesmo sem perceber,
Que sem nada por isso ter feito,
Já era seu aquele mágico,
Aquele céu mais que perfeito.

Porque a sua alma é pura
E só isso chega para o merecer,
Por mais que seja a altura
O céu vai sempre a ele pertencer.



Diogo Miranda
13 – Abr – 2007

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O que não quero




...queria muito querer não te querer como eu quero...

... e...

... ter o poder para poder voltar a apoderar-me de mim…




...adormeci a sonhar que sonhavas o mesmo sonho que sonho...

...porque...

…pensei eu que sentias o mesmo que sinto sem ti...



...hmm...
 
 
Diogo Miranda
05/Abril/2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Reflexão ...


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
Tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis,
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas que nunca pensei que me iriam decepcionar,
Mas também já decepcionei alguém sem querer magoar,
Já abracei para proteger,
Já sorri quando não podia,
Fiz amigos eternos,
Amei e fui amado,
Mas também já fui rejeitado,
Fui amado e não amei,
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas,
"Bati com a cabeça" muitas vezes,
Já chorei a ouvir música e a ver fotos,
Já liguei só para ouvir uma voz e nada dizer,
Apaixonei-me por um sorriso e deixei-me perder,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
E tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder).

Mas sobrevivi!
E ainda Vivo!
Não passo pela vida...Vivo!

Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante...

No fim…

Quanto mais gostares do mar, mais bonito te parecerá…
E quanto mais esperares duma pessoa, mais ela te desiludirá.



Diogo Miranda
30-maio-2008