terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Gosto-te



Eis que surge o residente,
Aquele mais importante,
Tem em si sempre presente
Aquele sorriso distante.

Que me parece de indiferença,
Mas há algo que não demonstra,
Embora se sinta a presença,
Há sempre algo que não consta
Dos momentos ideais,
Dos que nos cortam a respiração,
Dos que arrebatam momentos,
E aconchegam o coração.

E tudo o que pretendia
Era ter-te para mim,
E se perguntas se te gosto,
nessa altura eu respondo: Sim!

São apenas três letrinhas,
Que espelham muito mais
Do que imagens ou sensações,
Espelham emoções nunca banais.

Porque sou destemido
E já não penso no perigo,
Foco os teus olhos e digo:
Quero-te sempre aqui comigo…


Diogo Miranda
25-Fev-2007

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A minha razão




Quando as luzes se apagam
E em ti sinto o fervor,
Ruído penetrante em mim
Que me oculta o amor.

Dificuldade eu sinto
Em o meu amor te transmitir,
Sou um alguém inibido,
Que encontra dificuldade em se exprimir…
O meu amor por ti,
Ou tão só uma atracção fugaz,
Este prazer que me enche
A minha alma tão pouco perspicaz.


Nunca te disse o que sinto,
Nem tão pouco o que penso
Sou alguém desprezível,
Porque tapo as feridas a penso.

Queria poder dizer-te
Que atrais todo o meu ser,
Queria poder dizer-te..
Que és a razão do meu viver.

Odeio-te!!!


                                                   E amo-te…



Diogo Miranda

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fazer amor



Criar o ambiente perfeito
E estar com uma boa companhia,
Saber que sou o eleito
E que pensas em mim todo o dia.
Ficarmos os dois em silêncio,
Afastar do pensamento essa dor,
Olhar-te fundo nos olhos e dizer-te:
Gosto de fazer amor…

E isso é sentir a vida,
É gostar de quem se é
Porque o amor é tão lindo
Como as ilhas de São Tomé.

Ficarmos os dois sentados,
A conversar sobre o louvor,
Que é ter-te ao meu lado
E isso…é fazer amor.

Falar enquanto te digo,
O quanto te quero bem,
Porque o que sinto é puro
E isso… é fazer amor também.

Sentir tudo o que faço
E saber que o faço por ti,
Ter-te aqui à minha beira,
Isso é fazer amor, para mim.

Quero ter-te para mim,
Mas que não seja por favor,
Porque gosto de ti assim,
E para mim… isso é fazer amor.


Diogo Miranda
25-Fev-2007

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sinto Tudo e Quero-me ...



Momentos de retiro
De paz e brilho interior,
De conceitos ricos e perspicazes,
De metáforas envoltas de aves,
Que revelam um Eu voador.


Sinto leveza, liberdade… e vontade,
Sinto pureza, tranquilidade…e fraternidade.

Tudo no meu ser,

Tudo misturado em prazer,
Tudo escondido em lazer,
Tudo erguido ao amanhecer.

Quero-me bem e sensível,
Quero-me orgulhoso e desperto,
Quero-me parecer apetecível,
Quero-me de coração bem aberto.


Diogo Miranda
19-Janeiro-2007

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Arrependimento



Sentidos que se despertam
Em momentos de loucura,
Eis que surgem e começam,
Trocando pedaços de ternura.


Pensamento já não flúi,
Só o desejo controla,
O espírito é quem comanda,
Enquanto o coração se enrola,
Em dor presente que se revela
Arrependimento e desconforto,
Cobre a alma mais bela,
Mas já não chega a bom porto.

Porque a oportunidade foi perdida,
E provavelmente não retorna,
Deixou-me o corpo sem vida,
Só com a cabeça que entorna…
Em si mesma acusações,
Por não ter sido mais vivo,
Por não ter outras sensações,
Por não ter chegado ao paraíso.

Diogo Miranda
24/Fev/2007 - 23:16

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

É o ridículo !!

Para Spencer, Rasta e André...






E por em sentimentos pensar…
Tento deste ambiente me abstrair,
Tento inserir-me em momentos,
Dos quais mais tarde me quero rir.

É o Fari a bulir,
É o Preto a pensar,
Sou eu a dormir,
E todo o mundo a meditar…

Naquilo que nós fazemos…
Naquilo que nós pensamos…
Naquilo que nós queremos…
E que em toda a eternidade sonhamos…

Não te sei explicar,
Nem tão pouco tos descrever,
São sentimentos que ama-mos,
E pelos quais estamos dispostos a morrer.

Tão simples quanto a palavra amar,
Tão discretos quanto um olhar…
Tão profundos quanto o beijar…
Daquela pessoa que queremos amar.

Não me perguntem porquê…
Sou tão ridículo quanto o meu ser…
Sou tão abstracto quanto o saber…
Que neste mundo é impossível vencer.



Diogo Miranda


(Escrito algures durante o 2º ano de licenciatura enquanto fazíamos um qualquer trabalho para uma qualquer cadeira.)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Uma gaivota




Uma amizade personificada
Na liberdade de uma gaivota,
Paira sobre o azul do mar,
À deriva sem uma rota.

É livre para tudo o que serve,
No bem, no mal e na amargura,
E com sua brancura de neve,
Tem pureza que para sempre perdura.

Sou, és tu e nunca sós,
Acredita na minha mensagem,
Porque estamos juntos sempre nós,
Como partes de uma colagem.

É verdade que surgiste do nada,
Mas do incerto se fez a amizade,
E ao vento meu coração brada,
“És minha amiga para a eternidade!”

Nem sei porque escrevi para ti,
Porque és feia e de nariz engraçado,
Mas em cada palavra eu senti,
Que contigo estou descansado.

Partilhamos tristezas e alegrias,
Risos, lágrimas e parvoeiras,
Porque entre nós hão sinergias,
Que nos protegem das poeiras.

Já falámos tantas palavras soltas,
Passas-te a denominar-te João,
E em muitas noites loucas,
Tive-te ao lado como irmão.

Irmão por seres um amigo,
Seres a pessoa que sabe aturar,
Seres aquela que esteve comigo,
Em momentos difíceis de ultrapassar.

Não quero que vejas isto como um simples poema,
É mais um hino à amizade que te tenho,
É um grito, uma inspiração ou um lema,
Porque tu és uma pessoa que não desdenho.


“Uma gaivota voava, voava,
Asas de vento, coração de mar.
Como ela somos livres,
Somos livres de voar.”

Diogo Miranda
5-Mar-08

domingo, 10 de janeiro de 2010

Suddenly ...




E de súbito,
Num lugar onde os olhos ficam quentes,
Caiem marés face abaixo,
Não têm sentido, são eloquentes,
Mas ainda assim, caiem...

Seu cair,
Leve ar que subestimamos,
Tem dor que peca por muita,
Que magoa em tons castanhos,
Mas ainda assim, magoa....

Tem orgulho,
Sentido que pesa no céu,
Atribulando-o em nuvens passageiras,
Sou frequente, raro sou réu,
Mas ainda assim, orgulhoso...

A atenção,
Aquela que grito e peço com veemência,
Negada chuva de calor,
Liberta-me da permanência,
Mas ainda assim, negada...

Mas ainda assim,
Caiem sem olhar à estrada...
Magoa porque deixamos...
Negada porque a procuramos...
Ainda assim...
Ainda assim...


Diogo Miranda
06-Mar-2009

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A demora



Apetece-me subir ao cume da montanha,
Encher os pulmões e bradar ao céu,
O feeling que vai nesta alma estranha,
Mas que no entanto me torna réu.


Dividido entre o risco e a comodidade,
Dividido entre o anjo e o diabo,
Procuro encontrar a minha verdade,
Procuro… e é ela que ao fim ao cabo
Se torna na minha juíza
Que a acusação concretiza.


Acusa de prudência,
Aponta a falta de empenho,
Mas no fundo é apenas ausência
De alguma arte e engenho.


Elementos necessários
Para sentimentos reflectir,
Procuro nos dicionários,
Palavras para os transmitir.


Sinónimos não encontro,
Muito menos expressões,
Para mandar fora este ar,
Que me preenche os pulmões.


Mas duma coisa Eu estou certo,
Que um dia chegará a hora,
E quando te tiver por perto,
Valorizarei esta demora.


Diogo Miranda
21-Fev-2007

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

14-02-2007





Pretendo ser consciente e separar o trigo do joio,
Alterar o estado inconsciente para puder meditar,
Num estado que não me é comum
E que tudo consegue alterar,
Descendo a um nível mais profundo,
Alterando todo este rumo,
Para criar um ambiente mútuo.



A indecisão foi criada,
E tudo o que crio é fachada.


Entornar o sentimento ao desbarato,
E colher os retornos no prato,
Ou esconder todo o sentimento,
E sobreviver sem esse alimento.


Se mostro, revelo e exponho,
Abre-se a janela do retorno,
Poderei assim perceber,
Se podemos um futuro ter.


Se me escondo e não divulgo
Crio em meu torno um vulto,
Que me trará a incerteza,
Se serias tu a minha princesa.


Do final de todo o dilema,
Fico com o mesmo problema,
Sem solução para um esquema,
Em que por nada se desvenda o tema.


Entregue a mim e ao sentimento,
Solto como folhas ao sabor do vento,
Caídas num dia de Outono,
Anestesiando-me num sono…
Pesado e sensível,
Em toda a forma terrível,
Preso pelo ar que me consome,
Morto e sedento de fome,
De ser amado e amar,
Dos meus sentimentos te conseguir expressar.


Diogo Miranda
14 – Fev - 2007

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Tributo a Batalha, André.


Sabe bem,

fazer o contra...

indo bem,

sem fazer de conta.


E saudades larga,

rasga pequenos sorrisos,

tua boa vibração,

em momentos tão precisos.


Vibrações positivas

que acordavam meus olhos,

em raios de sol penetrantes

em alturas de sonhos aos molhos.


Sentir o ar mais limpo

e a melhor predisposição,

que faz o ar parar

e o faz retomar a acção.


Nas palavras não ditas,

nos silêncios ensinadores,

nos dias e nas dormitas,

sempre ali dominadores.


Porque não foste de mais

nem de menos astuto,

e por teres sido só tu,

te presto este tributo.


Diogo Miranda

23/Out/2007

O Beijo



Debitam-se palavras no ar
Através de uma canção se expandem,
Os sentimentos crescem,
E o pensamento enriquecem.


O estado é emocional,
E as metáforas presentes,
Para nada interessa o mal,
Apenas os sentimentos existentes.


Por mais que se tente,
Há sempre aquele alguém especial,
Sempre aquele que está presente,
Mesmo que o espírito seja banal.


O ar envolvente cria a expectativa,
O bater latente a emoção,
De lhe transmitir um dia,
Tudo o que corre no coração.


Corre como água num leito,
Nasce como sol no horizonte,
Atravessa o rio do beijo,
Tão sólido como uma ponte.


Um rio de turbilhões imensas,
Perplexo de tanta naturalidade,
Reluzente como as nossas crenças,
Espelhando toda a verdade.


Assim se exprime o beijo,
O canal dos sentimentos,
Seja na face, na boca ou no queixo,
Será sempre em bons momentos.


Porque quem beija sente o que faz,
Transmite aquilo que sente,
Seja amor, carinho ou paz,
Seja um qualquer pensamento que vai na mente.


Beijo não é métrica,
Não corresponde a qualquer razão,
Não transmite a hipotética,
Apenas a certeza do coração.


Diogo Miranda
21-Fev-2007

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

...Como são as histórias depois das histórias?



Era uma vez uma história,
muito idêntica a outras histórias,
começava com uma vez,
e terminava retida nas memórias.

Só que esta história,
tinha capacidade de pensar,
pensava como começava
e como haveria de terminar.

Sabia a história que um dia
eles viveriam "felizes para sempre",
e sabia que depois dela,
nada seria diferente.

Só que se a história terminasse
diferente do habitual,
haveria uma outra história,
que procuraria um outro final.

Então concluiu que as histórias
que se contam depois das histórias,
são apenas reflexos, sonhos e fantasias
que vagueiam procurando as suas glórias.

E sentou-se à beira de um dos mares,
do mais belo que tinha em si,
para dizer que nas Tuas histórias,
o final só depende de Ti.



Diogo Miranda
18-nov-2008

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Porque por vezes não durmo sem pensar em ti ...



Porque por vezes não durmo sem pensar em ti,
E tudo o que vejo é ténue como a bruma,
Fico horas a fio sem sair daqui,
Procurando a hora de a ti me chegar
Com a calma, paixão e ternura,
De quem te quer conquistar.


Mas eis que surge o entrave indesejável,
Que frequência…e como te odeio!
Inimigo da minha felicidade,
Deixas em mim o desejo,
De querer alterar toda esta susceptibilidade
A situações de maior engenho.

A conversa começa e foco nos teus olhos,
Verdes, profundos, penetrantes…
Mágicos, suaves, escaldantes…
Bonitos, atraentes, fixantes…
E soletras palavras que no entanto perdi,
Com esta fixação que tenho por ti.

Foi a tua beleza que me desviou
De tudo o que me dizias,
Mas agora dou-te atenção.
E tentando disfarçar a timidez,
Peço-te que o repitas outra vez.

Agora que te escutei apercebi-me
Que fora pura teimosia,
Dizias-me em tom calmo e sereno,
Que o que em mim te fascinava todo o dia
Era a timidez de que eu era pleno.

Foi como o raio na tempestade,
Que ilumina o céu e desperta,
Aquele que me mostrou,
Que tudo o que eu arrogava,
Que tudo o que odiava,
Era afinal a essência da minha atracção…
E se a meus olhos era pecado,
Aos teus era pura paixão.

Diogo Miranda
13_Jan_2007