segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Porque por vezes não durmo sem pensar em ti ...



Porque por vezes não durmo sem pensar em ti,
E tudo o que vejo é ténue como a bruma,
Fico horas a fio sem sair daqui,
Procurando a hora de a ti me chegar
Com a calma, paixão e ternura,
De quem te quer conquistar.


Mas eis que surge o entrave indesejável,
Que frequência…e como te odeio!
Inimigo da minha felicidade,
Deixas em mim o desejo,
De querer alterar toda esta susceptibilidade
A situações de maior engenho.

A conversa começa e foco nos teus olhos,
Verdes, profundos, penetrantes…
Mágicos, suaves, escaldantes…
Bonitos, atraentes, fixantes…
E soletras palavras que no entanto perdi,
Com esta fixação que tenho por ti.

Foi a tua beleza que me desviou
De tudo o que me dizias,
Mas agora dou-te atenção.
E tentando disfarçar a timidez,
Peço-te que o repitas outra vez.

Agora que te escutei apercebi-me
Que fora pura teimosia,
Dizias-me em tom calmo e sereno,
Que o que em mim te fascinava todo o dia
Era a timidez de que eu era pleno.

Foi como o raio na tempestade,
Que ilumina o céu e desperta,
Aquele que me mostrou,
Que tudo o que eu arrogava,
Que tudo o que odiava,
Era afinal a essência da minha atracção…
E se a meus olhos era pecado,
Aos teus era pura paixão.

Diogo Miranda
13_Jan_2007

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