segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Uma gaivota




Uma amizade personificada
Na liberdade de uma gaivota,
Paira sobre o azul do mar,
À deriva sem uma rota.

É livre para tudo o que serve,
No bem, no mal e na amargura,
E com sua brancura de neve,
Tem pureza que para sempre perdura.

Sou, és tu e nunca sós,
Acredita na minha mensagem,
Porque estamos juntos sempre nós,
Como partes de uma colagem.

É verdade que surgiste do nada,
Mas do incerto se fez a amizade,
E ao vento meu coração brada,
“És minha amiga para a eternidade!”

Nem sei porque escrevi para ti,
Porque és feia e de nariz engraçado,
Mas em cada palavra eu senti,
Que contigo estou descansado.

Partilhamos tristezas e alegrias,
Risos, lágrimas e parvoeiras,
Porque entre nós hão sinergias,
Que nos protegem das poeiras.

Já falámos tantas palavras soltas,
Passas-te a denominar-te João,
E em muitas noites loucas,
Tive-te ao lado como irmão.

Irmão por seres um amigo,
Seres a pessoa que sabe aturar,
Seres aquela que esteve comigo,
Em momentos difíceis de ultrapassar.

Não quero que vejas isto como um simples poema,
É mais um hino à amizade que te tenho,
É um grito, uma inspiração ou um lema,
Porque tu és uma pessoa que não desdenho.


“Uma gaivota voava, voava,
Asas de vento, coração de mar.
Como ela somos livres,
Somos livres de voar.”

Diogo Miranda
5-Mar-08

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