terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Obrigado . . .



Como é possível um sentimento resumir,
Que me faz suster a respiração,
Chorar, cantar, saltar e rir,
E arritmar-me as batidas do coração?

Será possível sintetizá-lo para caber
Nas palavras do nosso dicionário,
Se nem sabes o que dizer,
Quando te defrontas com um campanário?

Não será então de sublime sensatez,
Dia após dia dizer-mos ao amigo,
Com força e a um de cada vez:
“Eu gosto de te ter comigo!”?

Parece-me então que a melhor atitude
Será agradecer à sorte,
Por termos amigos desta magnitude,
Que nos protegerão até à morte.

Obrigado!
Para os que me cuidaram quando estava mal…
Obrigado!
Para os que me quiseram quando estava bem…
Obrigado!
Para os que gostam de mim banal…
Obrigado!
Para os que me amaram como ninguém…
Obrigado!
Para os que estiveram ausentes mas sempre apoiando…
Obrigado!
Para os que estiveram presentes e sempre criticando…

Porque há quem prefira ser elogiado falsamente,
E com isso aumentar a sua importância…
Eu prefiro ser criticado muito abertamente,
E com isso aumentar a minha infância.

Porque é quando somos crianças que dizemos:
“Eu gosto de ti”, sem vergonha alguma,
E é quando crescemos que perdermos,
A sinceridade que ao nascer nos perfuma.
Por ser criança eterna,
E precisar de amigos para o ser,
Quero dizer-vos de peito aberto:
“Tenho muito sorte em vos conhecer!”


Diogo Miranda
13 – Mai – 2008

Sem comentários:

Enviar um comentário