O que fazer, ou como agir,
Quando de nós se apodera a indecisão?
Devemos resistir à força do impulso,
Ou por outro lado, seguir o coração?
Não sou um vivido
E pouco é o tempo que tenho,
Mas numa vida de excessos,
Sou Eu quem pinta o meu desenho.
E a arte é sempre mais bela,
Quando pintamos ao de leve,
E espreitando pela janela
Pomos o consciente de greve.
Assim fecho os olhos e concluo-o,
Que a melhor pintura é sempre
Aquela em que pinto o amuo,
Pois esse não vive eternamente.
Deixo palpitar o pincel
E vou preenchendo a vivência,
Porque tal como este papel,
É limitada a minha existência.
Por isso quando estou indeciso,
Apenas me deixo impulsionar,
Pelo vento que nunca é preciso,
Mas que a bom porto me vai levar.
Assim te ligo às quatro
Da manhã, de noite ou feriado,
Porque é belo este quadro
E é nele que me vejo pintado.
Então a minha obra é bela, cheia de rabiscos e muitas cores,
mas é assim que eu me pinto: um rapaz que ao impulso e ao
vento entrega o seu coração, na esperança inequívoca de que,
no final, a sua tela seja pura e verdadeira, pois só assim conseguirei
aproveitar a minha vida ao máximo. “Carpe Diem”
Diogo Miranda
20-Abr-2007
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