segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Poeta do olhar




Se com um sorriso te conseguir desenhar,
Serei um mestre, um poeta do olhar,
Porque em ti a beleza é difícil de resumir
Por ser tanta a capacidade de me fazer sorrir.

Não cabe numa folha o que conténs,
No entanto nunca olho para os “poréns”,
Viro apenas, costas às dificuldades,
E olhando para ti, Eu pinto beldades.

Na caneta, numa folha ou na ponta dum pincel,
Agarro na tela e retratando-te, pinto mel,
Com doces e melosas rimas de mestria
Contigo no pensar, Eu pinto todo o dia.

Traços vagos numa folha do olhar,
Palavras fracas para o que estou a pintar,
Pois não são infinitas as que ponho sobre a mesa,
Ao contrário, puros traços, teus reflectem beleza.

Encandei-o sobre outras, palavras do Inferno,
Que me aquecem como tu, minha chama no Inverno,
Emparelho mas obtenho sempre o mesmo resultado,
Por não conseguir, o teu esplendor, no papel espelhado.

Mas não desisto e sinto-me confortável,
Por puder admirar o teu olhar afável,
Que me diz: “continua, nobre escritor”,
Que respondo: “só por ti, meu amor.”

Diogo Miranda
2-Mai-07

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