segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Metáforas explícitas





Sou poeta e escritor,
Criança no coração e na alma,
Quem escreve não é actor,
Escreve um homem imbuído em calma.

Tenho o mundo inteiro na palma
Da mão, sou brincalhão,
Faço dele meu deleito que me enjaula
Em maravilhas que vejo com emoção.

Aprecio quem se engana da vida que leva,
Dá tréguas ao comum e parte na aventura
De descobrir a beleza da irreverência
Que é ser dono duma magia pura.

Assim sou eu também:
Mago em ser puto reguila,
Em adormecer debaixo do sol,
Enquanto minha cabeça fica tranquila.

Minha paz reside em ser diferente,
Virar as costas ao fácil e banal,
Enfrentar a vida de frente
E fazer da minha passagem um vendaval.

Na minha viagem levo comigo,
Quem gosto e me faz sorrir para a dificuldade,
Quem me arranca do sofá das ofertas,
Quem me faz sentir saudade.

Definitivamente escreves-te teu nome no mural
Onde poucos chegaram a pegar na caneta,
No fim causas saudade abismal
E dás-me vontade de virar a ampulheta.

Quero e preciso de mais tempo
Para viver mais do que conquistei contigo,
Não és nada de especial nem daquilo que pretendo,
Mas és para mim porto de abrigo.

És certeza que nada será certo e comum,
És razão e vontade para o meu olhar,
És a extravagância que não me faz sentir mais um,
És e sempre foste a minha Menina do Mar.


Diogo Miranda
Int-tempo-ral

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