quinta-feira, 11 de março de 2010

Um dia . . .



As janelas assim corridas,
Escurecem o local de intimidade,
Onde as velas iluminam a alma,
E o coração se rende à verdade.

As flores gritam o seu cheiro,
Que envolve o ambiente com mestria,
Rebolam-se e deleitam-se pelo chão
À medida que se ouve a poesia.

Num ecrã mil imagens se sucedem,
Como cataratas de magias intensas,
E a surpresa que desassossega a alma,
Faz-nos esquecer as presenças.

Ali só conta o deleito do olhar,
O bater enfurecido e desmedido do coração
Que se espalha veloz pelo corpo
Arrepiando e tremendo o chão.

Mas tudo acaba…
As janelas abrem-se…
As velas dão o último suspiro,
Dando lugar ao fumo brando e ténue…
A música cala-se em respeito,
À porta das escolhas que as tranca naquele espaço…


Diogo Miranda
18 – Jun – 2008

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