As janelas assim corridas,
Escurecem o local de intimidade,
Onde as velas iluminam a alma,
E o coração se rende à verdade.
As flores gritam o seu cheiro,
Que envolve o ambiente com mestria,
Rebolam-se e deleitam-se pelo chão
À medida que se ouve a poesia.
Num ecrã mil imagens se sucedem,
Como cataratas de magias intensas,
E a surpresa que desassossega a alma,
Faz-nos esquecer as presenças.
Ali só conta o deleito do olhar,
O bater enfurecido e desmedido do coração
Que se espalha veloz pelo corpo
Arrepiando e tremendo o chão.
Mas tudo acaba…
As janelas abrem-se…
As velas dão o último suspiro,
Dando lugar ao fumo brando e ténue…
A música cala-se em respeito,
À porta das escolhas que as tranca naquele espaço…
Diogo Miranda
18 – Jun – 2008
Sem comentários:
Enviar um comentário