Fazê-lo parar, fazê-lo recuar,
Baralhá-lo com todo o meu talento,
Fazer dele o que quero…enfim…brincar.
Brincadeira e jogos de criança,
Com os segundos e minutos intemporais,
Ouvi-lo sorrir ao som desta dança,
Ver e atrapalhar-me no seus vendavais.
Pedir-lhe que volte ao passado,
De cada vez que na vida for errante,
Mudar, alterar e enterrar o mal amado,
Estampar na cara um bom semblante.
Sentir os segundos a passar,
Ir à lua, voltar, ir viajar
Entre planetas e sóis a brilhar,
Brincar… e deixar-me levar.
Sentar-me na ampulheta de areia,
Ver quebrar as mais belas ondas do mar,
Mergulhar no tempo em apneia,
Soltá-la e deixá-la voltar.
Esta seria do tempo brincadeira,
Num banco de jardim…
Numa rocha de cascata…
Num templo sem fim…
Num mastro de fragata…
Ter tempo para parar o tempo…
Um cume de vida subir…
Entrar nas portas do templo…
Sentir o bafo ancestral…
Ele que venha e me faça sentir!
Quero sentar-me desperto e atento,
Fugaz menino em frente à televisão,
Percebendo quanto tempo tem o tempo,
Ver e observar com atenção.
Brincar e ser a travessura,
Aquela que a infância premeia,
Queria ser criança com ternura,
Queria voltar a uma noite de lua cheia.
Diogo Miranda
16 – Abr – 2008
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