terça-feira, 9 de março de 2010

Faço o que sou



Sou pintor, sou escultor ou de arte criador,
Sou poeta, sou leitor ou de prosa escritor,
Se te tenho como alma, então sou desertor,
Se te quero como quero, então vivo em teu favor.

Pinto telas de inúmeras cores,
Pinto dóceis e ternos amores,
Sou pintor de obras de nostalgia,
Sou pintor de todas as tuas alegrias.

Esculpo pirâmides inúmeras de areia,
Esculpo uma aranha passeando na sua teia,
Sou escultor com movimento de estátuas,
Sou escultor que esconde as suas mágoas.

Crio arte para mais tarde eu recordar,
Crio arte com intuito de te fascinar,
Sou artista com vontade de criar,
Sou artista para teu sorriso provocar.

Poetizo rimas da minha própria autoria,
Poetizo rimas ao som da tua melodia,
Sou poeta do olhar de verde esplendoroso,
Sou poeta que afaga a dor do doloroso.

Leio a vida com intuito de aprender,
Leio teu sorriso e teu doce enternecer,
Sou leitor de rasgos da vida coerente,
Sou leitor que sem ti se torna carente.

Proseio palavras e rimas expostas,
Proseio percebendo aquilo que não mostras,
Sou escritor que em teus olhos devaneia,
Sou escritor que por ti diariamente anseia.

Reflicto-te por inteiro na minha pequena alma,
Reflicto-te porque gosto e por me dares calma.
Sou desertor saindo do meu dormente,
Sou desertor no teu olhar sorridente.

Quero-te como quero, para mim por inteiro,
Quero-te como quero, muito mais que a dinheiro,
Sou vivido nesta andança de sofrer,
Sou vivido e isso faz-me querer… -te.


Diogo Miranda
7-Mai-07

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