sexta-feira, 12 de março de 2010

Non Sense




Que confusão de palavras,
Turbilhão na cabeça,
De ideias fugazes,
Sem ninguém que as conheça.

Perco sentidos, obstáculos à visão,
À crença de escrever um verso sincero,
Ter direito a fabular numa percepção,
Pôr na palavra o que digo com a palavra “quero”.

Ditongos, metáforas, frases sonantes…
Versos perdidos em folhas discretas,
Que se afirmam em rimas contagiantes,
Desaparecem por não atingir as minhas metas.

Busca do saber incessante,
Fé…palavra de base da vida,
Sapiência…como te quero, cativante,
Figura da minha alma perecida.

Cede o senso à busca do bem,
Divago nas ondas como balancé,
Sei que o farei como ninguém,
Em mar alto, sem nunca perder pé.

Sem sentido, inconsequente,
Estado de alma tardio,
Voz que sai deprimente,
Traz-me lume…acende o pavio.



Diogo Miranda
2-Mai-07

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