Saiem uns e entram outros
Num corrupio inesperado de vida
Em que algo nunca muda
E o algo é a oportunidade perdida.
É água que escorre entre as mãos
Sem parar para saborear,
E quando queres ter o sabor
Já não há, ou está a escassear.
Nisto passam horas, passam dias
Em devaneio,
Passam ventos de mudança
E tu sempre no meio.
Abstraída dos vendavais
Que te tentam elevar a crescer
Mas pareces ir com os demais
E recusas-te a querer vencer.
Não se percebe como se afigura
Tal sensação de pacatez,
Mas continuas feliz e parada
Sem um pingo de sensatez.
Quem afinal quer viver sozinho?
Quem quer morrer sem viver?
Quem quer ser o vizinho,
E nunca ter ninguém para ver?
Não percebo quem é tal pessoa,
Nem tão pouco como pensa,
Mas onde andará esse juízo?
E qual será a sua recompensa?
Pára para pensar por favor!
Pára! E pensa em ganhar,
Prova uma vez o sabor
Daqueles que saboreiam sem parar.
Diogo Miranda
13-02-08
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